11 de abr. de 2014

Curadoria de Conteúdos: O que é? Quem faz? Como faz?

Escrito e lido por: Eliana Rezende



(escolha a opção abrir com: 
Music Player for Google Drive)

O termo inquieta muita gente e, pela banalização de seu uso em diferentes meios comunicacionais, causa a impressão de que ao final qualquer um pode realizar a Curadoria de Conteúdos, ou como alguns preferem chamar Curadoria Digital ou Curadoria Informacional.

Em todos os casos, a questão circundante não muda muito e por uma questão que é muito mais pessoal do que de qualquer coisa, opto chamá-la aqui de Curadoria de Conteúdos, já que Informação é a matéria-prima com a qual se lida e não utilizo Digital, por crer que o curador pode e deve atuar utilizando a produção de conteúdos para quaisquer suportes.


Já há algum tempo venho pensando em como falar a respeito do tema, tomando em conta especificamente a visão que tenho a partir de diferentes leituras.

Talvez, devêssemos começar pelo contrário, e estabelecer o que Curadoria não é.
Observe:
1. Curadoria não é simplesmente reunir e compartilhar conteúdos de terceiros nas redes
2. Curadoria não se restringe à ferramentas tecnológicas
3. Curadoria não está restrita à um único nicho de profissionais (encontraremos curadores entre profissionais da área de Comunicação Social, Biblioteconomia, Ciências da Informação, Ciências Humanas e outras diferentes áreas de Conhecimento)

Se tomarmos a palavra pela sua origem, temos uma raiz que vem do latim “cura”, zelo por algo.
Os dicionários a dividem em pelo menos 4 significados:
1. pessoa que cura um doente. Ex: Tratou-se com um curador.
2. pessoa que exerce a curadoria de algo. Ex: o curador da exposição
3. (lei) pessoa judicialmente incumbida de zelar pelos bens e interesses daqueles que não podem fazê-lo por si próprios. Ex:  Foi nomeado curador do órfão.
4. (lei) membro do Ministério Público incumbido de defender pessoas ausentes, incapazes, instituições falidas. Ex: Foi indicado para o cargo de curador.

O termo desta forma remete sempre a um sentido de cuidar, zelar, proteger.
Assim, tomo em conta esta noção e saliento que o curador tem em mãos um patrimônio (i)material, e que após todo o seu trabalho converterá para uma socialização.

É papel do Curador de Conteúdos oferecer um contexto e percursos alternativos ao usuário/leitor, de modo a valorizar as informações por ele trabalhadas e disponibilizadas. Sua necessidade e importância tem aumentado na mesma proporção em que quantidades massivas de informações irrelevantes são produzidas dia a dia.

Rosembaum (2011), por exemplo, denomina esse volume de informações crescentes de "tsunami de dados" e Bieguelman (2011) de "dadosfera".

Neal Gabler (2011), que já citei por aqui, chegou a declarar que a era digital nos libertou para a "ignorância bem informada". Isso porquê cada vez mais as pessoas vem se transformando em grandes acumuladores de informação, mas já não são capazes de desenvolver um pensamento crítico e mais aprofundado das coisas. Leia aqui o post que trata sobre esse perfil de coletores e produtores de informação.

Um exemplo disso, é o que o recentemente um repórter do periódico The Guardian observou. Em pesquisa que fez verificou que de cada 100 pessoas online, uma cria conteúdo, dez interagem com ele (comentando ou oferecendo incrementos) e os outros 89 apenas leem, ou seja, continuam como espectadores passivos. Ainda assim é um consumidor que pode ser influenciado. E portanto, alvo de diferentes mídias.


Keen (2009), é outro jornalista e que se coloca como avesso à produção de conteúdos por internautas. Segundo ele, público e autor estão se tornando uma coisa só e podemos estar transformando nossa cultura em cacofonia. Conheça aqui sua principal obra, e veja como ele se refere ao esvaziamento do papel de especialistas e a emergência dos palpiteiros da web que estão isentos de controle, fiscalização, abrindo-se com isso um território livre para plágio, calunia, boataria e propaganda.

A grande diferença aqui é que todos os consumidores podem, se desejarem, ser produtores. Diferente do que ocorria com a mídia do controle que tínhamos antes do tempo de web, onde só veículos institucionalizados podiam produzir conteúdos.

Tomando-se esse universo de grande produção de informação, diferentes pesquisadores veem tentando estabelecer quais seriam as fases que consistiriam esse trabalho de cura.
Segundo Weisgerber (2012), por exemplo, elas poderiam ser divididas da seguinte forma:

1) Achar: identificar um nicho; agregar
2) Selecionar; filtrar; selecionar: qualidade/originalidade/relevância
3) Editorializar: contextualizar conteúdo; introduzir/resumir (não simplesmente postar); adicionar a sua perspectiva;
4) Arranjar/formatar: classificar conteúdo; hierarquizar; leiautar conteúdo;
5) Criar: decidir por um formato: Paper.li, Scoop.it, Storify.Storiful, Twitter curation; creditar fontes
6) Compartilhar: identifique sua audiência; qual mídia usam?
7) Engajar: seja o anfitrião da conversação; providencie espaço; participe; anime;
8) Monitorar: monitorar o engajamento; monitorar a liderança da conversação; melhorar

Gostaria de analisar cada uma em separado:


Curador de conteúdos

O que é?
O Curador de Conteúdo tenta encontrar entre a vasta quantidade de informação que inunda a internet, aquela que é realmente relevante aos seus usuários/leitores. Esse conteúdo de valor deverá satisfazer as exigências de informação que tais pessoas apresentam, e que funcionaria como um antídoto contra aquilo que vem se convencionando chamar de infoxicação, da qual a rede padece de forma epidemiológica.


De acordo com minha experiência considero que as principais fases da Curadoria de Conteúdos sejam assim discriminadas:

Fases:
1 - Coleta
Esta fase é a primeira, exatamente porque é nela em que o curador toma contato com o grosso da informação disponível.
Esse momento equivale a um verdadeiro garimpo, onde vai-se buscar em meio a tudo o que se produz o que verdadeiramente tem interesse para aqueles que são seus usuários/leitores.
Nessa fase, se percorrerá todas as fontes possíveis de informação sobre o tema escolhido para cura e que estão em diferentes suportes e formatos: infográficos, resenhas, artigos, fotografias, tutoriais, etc..,.
Devido a essa quantidade massiva de informação o esforço demandado será grande e poderá significar um investimento alto em tempo despendido.
Importa ressaltar que nesse ponto já seria importante estabelecer hierarquias de valores para o que for sendo encontrado, excluindo-se aquilo que não for relevante ou que não tenha real interesse.
Considero nesse ponto, um grande teste ao curador de conteúdos: aqui começará a provar seu valor e consistência.
Deverá de pronto saber separar o joio do trigo. Não se deslumbrará e nem equivocará facilmente.

2. Seleção e Criação de Filtros
Aqui é que o curador de conteúdos mostrará seu valor tanto como pesquisador como agregador.
Do universo, muitas vezes incomensurável de coisas, buscará critérios para selecionar aquilo que de fato será importante e que merece tempo e investimento em publicação e divulgação.
Um equívoco comum é achar que essa fase será simples e rápida, uma vez que tudo já foi coletado. Mas nem sempre é assim.
Esta fase pode também demandar tempo e esforço para filtrar e hierarquizar.

3. Edição, Elaboração
Nessa fase caberá ao curador acrescentar contexto ao conteúdo a partir de sua perspectiva.
Esta fase tem como objetivo poupar possíveis problemas, já que é nela que se examina como os conteúdos selecionados podem ser adaptados para melhor atender aos usuários. Essa adaptação pode tomar em conta: adequação ao idioma, formato para publicação, o tempo de leitura, links e hiperlinks.
Todos esses aspectos ajudam a definir qual a melhor estratégia de publicação e divulgação e minimizar erros ou fracassos dos mesmos como post ou outro meio.



4) Arranjar/formatar:
Classificar o conteúdo, criar hierarquizações e dar um leiaute à tudo o que selecionou, editou e elaborou.

5) Criar a estratégia de disponibilização/distribuição
Aqui é o momento de decidir por um formato: Paper.li, Scoop.it, Storify.Storiful, Twitter curation, entre outras.
É também o momento de creditar as fontes utilizadas.
Uma vez selecionada, filtrada, elaborada chega o momento de distribuir essa informação.
Aqui a escolha recai sobre quais os meios mais adequados para aquele conteúdo, em que faixa de horário e até o melhor dia da semana para alcançar a maior audiência para o mesmo.
É também a fase onde é testado o grau de conhecimento e interação do curador de conteúdos e sua audiência (público alvo)

6. Engajamento
O curador nesta fase exercitará seu poder de influência, animação entre seus usuários/leitores. Será preciso motivar, trocar e dialogar com sua audiência como forma de estabelecer a relação tão desejada de engajamento.
É o espaço de conversação e onde as relações com os usuários/leitores se estreitarão.
Daí a importância do curador ser conhecedor do tema em que faz a cura. Somente assim será capaz de instigar, tirar dúvidas, trocar, e mais do que tudo: ter uma boa reputação online. A influência acontece exatamente a partir desta qualidade e capacidade.

7. Análise, monitoramento
A curadoria não termina no momento da divulgação.
É fundamental analisar de forma precisa e meticulosa todos os resultados obtidos.
Serão eles que determinarão se houve êxito na empreitada, se os objetivos e o público a que se destinava foram alcançados e com qual grau de assertividade.
Também será nessa fase que se estabelecerá estratégias futuras. A partir de erros e acertos, o curador irá aprimorar suas ações.
Portanto, essa fase tem igual peso e importância


Erros mais comuns a se evitar:

É natural que lidando com um número tão grande de informações e compartilhamentos cometamos alguns erros.
Estes aumentam especialmente se temos que fornecer conteúdos de forma sistemática e contínua.
Estabelecer crivos e filtros pode ser mais difícil do que se imagina.
Assim, aqui algumas dicas:

1. Nunca simplesmente cole e copie
Isso é desmerecer a inteligência e a paciência de seu usuário/leitor.
Cuide para não ficar repetindo chavões e fórmulas prontas. A internet anda cheia disso, e quem busca bom conteúdo não gosta disso.
2. Nunca deixe de se posicionar. Sempre coloque sua posição
O Curador de Conteúdos deve ser antes de tudo um alimentador, fomentador de ideias. O objetivo de uma curadoria de conteúdos não é uma colcha de retalhos! Exercite sua criatividade. Vá além do dado e crie conexões e caminhos para que seus leitores cheguem aos seus caminhos com a ajuda que você oferecer.
3. Dê sempre o crédito à sua fonte inicial
Nunca, nem sob tortura omita a fonte de onde retirou as informações. Não plagie! Busque a autenticidade todo o tempo. Seja profissional em suas escolhas e ações.
Atribua créditos e tenha certeza que será igualmente respeitado e creditado
4. Seja responsável com o que escreve
Como Curador de Conteúdos você não pode colecionar achismos. É preciso que, como especialista, saiba exatamente o que diz e porque. Aqui é uma situação de igual profissionalismo e ética.
5. Vá além das palavras chaves! 
As publicações precisam ter um conteúdo consistente que sirva de acompanhamento a tudo o que está recomendando.
6. Tenha cuidado com infográficos!
O infográfico possui como característica fundamental ser um facilitador de leitura de um conteúdo. Ele precisa e deve, por meio de imagens fazer com que o leitor/usuário fique dispensado da leitura e por meio de imagens intuitivamente apreender um conteúdo.
Mas , o que temos em muitos casos são verdadeiros poluidores de imagens e textos que geram mais confusão e ruído informacional do que qualquer outra coisa. Não se deslumbre facilmente por eles!
Recomendo a leitura desse excelente post que dá muito boas sugestões sobre o que tomar em conta quando se elabora um.

Algumas qualidades que são fundamentais para um Curador de Conteúdos:

1. Precisa ter espírito curioso
Sem essa qualidade estará sempre no mesmo lugar. A curiosidade movimentará suas buscas e será fonte de inspiração para seus usuários/leitores
2. Precisa ter espírito sintético, já que deve funcionar como um filtro entre a informação e seus usuários/leitores.
Seu papel e função é exatamente ser capaz de reduzir tudo ao mínimo indispensável e de forma clara
3. Precisa ser empático
Se interagirá entre conteúdos e usuários/leitores precisa ser capaz de sentir o humor, as vontades, as necessidades de quem está do outro lado.
É muito importante que saiba colocar-se do lado de onde está seu usuário/leitor para perceber quais são as suas expectativas, necessidades, vontades.
Fazendo isso conseguirá um caminho estreito entre si  e o outro e a isso chamamos de diálogo.
A empatia gerará também confiança por parte do usuário/leitor e isso como vimos acima é fundamental na construção de uma boa reputação online.
4. A proatividade é outra característica importante.
Tê-la significa antecipar-se sempre às necessidades e demandas de seus usuários/leitores e significará que sempre estará um passo adiante.
5. O curador de conteúdos precisa ser um especialista do tema que escolher para curar.
Não é possível planar sobre várias coisas.
O Curador de Conteúdos terá que definir, para o bem e qualidade de sua permanência no meio, sobre qual será o âmbito de sua curadoria. Por isso, sugere-se que seja uma área em que domine e que possa ser considerado um especialista.
Caso não o seja, rapidamente poderá ser identificado como apenas um charlatão ou reprodutor puro e simples de ideias alheias. O que definitivamente não deve ser o caso.
Imagino que isso seja a última coisa que alguém que quer ser curador de conteúdos deseje ser.
Portanto, não vá além daquilo que você sabe!
Quem está em busca de bom conteúdo saberá identificar rapidamente imprudências, superficialidades e engôdos.
E caímos novamente no que pode ser o contrário de ter uma boa reputação online
6. Saber exercitar a crítica
Aqui não é a crítica pela crítica, mas alguém com profundidade e consistência suficiente para, ao se defrontar com diferentes informações, saber qualificar o que lê na medida correta.

Graficamente teríamos:



Trocando em miúdos

De tudo o que citei acima, vejo que um cuidado a se ter na Curadoria de Conteúdos é a acuidade nas escolhas. Se não for seletivo e atento pode-se "atirar" para vários alvos e acabar afastando leitores. Sentir esse humor do usuário/leitor é fundamental.

Não vejo como sendo uma atividade a ser desenvolvida de forma restrita por essa ou aquela profissão. O Perfil desse profissional está muito mais ligado a uma habilidade do que propriamente a um diploma. O que de fato importa é que esse profissional tenha profundo conhecimento da área em que atuará. E que não seja necessariamente esse ou aquele profissional oriundo dessa ou daquela formação.

Além disso, o curador deve ser capaz de movimentar o tema e interagir quando for necessário. Se apenas reproduzir as notícias sem o trabalho de posicionar-se sobre as mesmas o conteúdo se transformará rapidamente em apenas mais um site de atualização de notícias. O que não vejo que seja o caso e nem o objetivo desse profissional.

Este trabalho de fato é técnico, mas requer grande habilidade e sensibilidade do outro. Este talvez seja o grande diferencial do Curador de Conteúdo. Conseguir ter repertório que sustente suas sugestões de posts, encontrar temas relevantes e adequá-los ao seu público leitor é uma tarefa muitas vezes árdua e de "alta-costura" (requer paciência e cuidado). É preciso também posicionar-se de forma crítica e além do mais acrescentar dados de modo a complementar a sugestão de conteúdo.

Talvez esteja aí a maior e principal dificuldade da curadoria. Não somos capazes de falar com propriedade sobre tudo o que achamos interessante. O limite para o curador será sempre sua própria ignorância! Para manter a consistência terá que estar focado não apenas ao que o seu público quer, mas também àquilo que pode comentar e contribuir com segurança e profundidade.

É preciso dar corpo e voz ao conjunto de postagens e fazer com que toda uma comunidade interessada no tema tenha conhecimento agregado a partir da verticalização que cabe ao curador. Não é fácil e exige muita leitura e disciplina. Isso eu garanto! Mas de outro lado, é muito bom ver o quanto isso faz da comunidade usuária/leitora coesa e consistente. Considero que, para o meu caso específico, a atuação nos Grupos do LinkedIn são um excelente laboratório de conteúdo e de interação, onde todas as ações que sugiro acima são testadas diariamente.



Mas tudo falharia se não houvessem interlocutores. Sem estes nenhuma curadoria faria sentido!

Referencias
  • Amaral, Adriana; Aquino, Maria Clara. Eu recomendo...e etiueto. Praticas de folksonomia dos usuários di Lst.fm, Revista Libero, n. 24, Ano XII
  • Belguelman, Gisele, Curadoria de Informação. Palestra, USP 2011. [Link:]
  • Jenkins, Henry. Cultura da Convergência, São Paulo, Aleph, 2006
  • Keen, Andrew. O Culto do amador. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2009
  • Recuero, Raquel. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009
  • Rosenbaum, Steven. Curation nation. Why the future of context is context. NY: McGraw Hill, 201
  • Site e Infográficos: 
  • Link 1: 
  • Link 2: 
  • Link 3:
Agradecimentos:
  • Lionel Bethancourt por leitura atenta e cuidada e auxilio em diagramar ideias transformando-as em imagens.
  • Victor V. Valera por ser interlocutor atento e me despertar para uma série de temas relacionados à Curadoria de Conteúdos, e que me serviu de inspiração para muitos dos temas tocados nesse post.
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41 comentários:

  1. Oi Eliana;
    Gostei muitíssimo do tema e da forma com que organizou tudo (hierarquia de informação em ação?) para traduzir, o que de outra forma seria um tema técnico árido, numa agradável leitura.
    Obrigado por compartilhar conosco, mesmo que um pouquinho do seu tempo.
    Abs

    LionelC
    1521

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    1. Ol@ Lionel...
      Muito obrigada!
      É muito bom ler isso que vc escreveu.
      Diria que esse post deu trabalho, e tudo fica compensado quando há reconhecimento disso.
      Foi mesmo um rendado e tanto.
      Mas acho que valeu à pena. Se faltou coisas a dizer foram poucas e espero ter sido didática o suficiente.
      Em geral essa área é feita de pessoas que buscam sempre coisas com pressa e queria muito que eles tivessem um material para ser lido com cuidado.
      Vamos ver...
      Abs

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  2. Muchas gracias por la mención Eliana, ya sabes que me tienes siempre para lo que necesites!!

    Y mi más sincera felicitación por el completísimo artículo que has escrito sobre la Curación de Contenidos, lo compartiré con gusto por mis redes sociales para que pueda ser leído y apreciado por un mayor nº de gente.

    Abrazos mediterraneos!!

    Víctor V. Valera
    http://elcontentcurator.com

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    1. Ol@ Victor...
      Grata fico eu e dito por vc que consideras o artigo completíssimo fico muito feliz, pois essa é atua especialidade!
      Desde que começamos a conversar sobre a Curadoria de Conteúdos lei sempre com muita atenção tudo o que escreve e aprendi muito desde então.
      Agradeço imensamente ter feito a divulgação por tuas redes e acho que o Conhecimento para que se efetive precisa mesmo dessa forma de ventilação.
      E vamos seguir trocando!
      Abs e obrigad@

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  3. Oi Eliana!
    Excelente texto! Você é uma verdadeira Curadora de Conteúdos.
    Abraços
    Ana Lucia

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    1. Ol@ Ana...
      Fico muito agradecida por teu reconhecimento.
      Desde que comecei a atuar nas redes comecei a procurar fazer um trabalho que fosse útil pra mim e para todas as Comunidades em que estou.
      Quando vem o reconhecimento ficamos muito felizes, já que isso acaba sendo um trabalho voluntário.
      Abs e obrigad@ tbm

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  4. Meus parabéns!!! Adorei o seu artigo!
    Conforme comentei contigo no Linkedin, estava procurando na net sobre social média, gestão de conteúdo.... E por coencidencia vi o seu artigo no grupo do EAD!

    Inclusive vou alterar meu cargo para curadora de conteúdo Pq
    Faço mais q simplesmente social media!

    Parabéns!!!

    Priscila Stuani

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    1. Ol@ Priscila...
      Carl Jung chamaria de sincronicidade.
      Fico muito feliz pelo que contou!
      Como disse acima esse post deu trabalho exatamente pela quantidade de referência que busquei. Mas essa tua fala compensa tudo!
      O termo e as ações que tal profissional deve desenvolver ainda não é claro na mente das pessoas. Como procurei mostrar no post não é fazer algumas das tarefas que nos torna curadores. É preciso contemplar cada um desses itens.
      Vamos ver se eu ajudo!
      Abs

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  5. Oi Eliana!!! Para variar belo trabalho, diria que a wikipedia seria um bom exemplo de curadoria, pois todos os processos acima mencionados são executados, por uma inteligência coletiva, custodiada pelos curadores.
    Parabens!!

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    1. Ol@ Denis...
      Muito obrigada!
      Que bom que gostou.
      Agora sobre a wikipedia não sei se pode entrar nessa categoria...tenho cá minhas dúvidas. Talvez ela fique nas partes intermediárias daquela pirâmide.
      O curador possui caracteristicas muito pessoais e há tbm a questão da interação que é necessária com a sua audiência. No caso da Wikipedia o que há é a consulta. Mas não vejo a interação curador/usuário.
      Vamos pensar...
      Abs

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  6. Eliana: gostei demais desse seu artigo !! Parabéns pelo blog, pela moderação nos espaços de discussão (tive oportunidade de lhe conhecer através do grupo do LinkedIn) e, sobretudo, pela persistência no trabalho de se comunicar com as pessoas, compartilhando conhecimentos.
    Abraços,
    Marisa de Oliveira Santos.

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    1. Ol@ Marisa...
      Muito obrigada pelo reconhecimento, e é um prazer te-la por perto me acompanhando tanto aqui quanto nos Grupos do LInkedIn.
      Como também disse acima, os Grupos são para mim um grande laboratório para testar e fazer uso de tudo o que escrevi no post sobre o que seja a Curadoria de Conteúdos.
      Minha atuação docente, acadêmica, profissional ou nas mídias tem como fim fazer as informações circularem e propiciar a produção de Conhecimento. Tenho prazer em poder estimular e incentivar todos a pensar, refletir e se comunicar.
      Abs e continuo te esperando em cada um dos nossos pontos de encontro

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  7. De fato. O volume de informações que é despejado na rede é apavorante!
    É absolutamente impossível vc digerir essa massa crítica através de todas as mídias existentes hj sem uma baita indigestão. Essa massa tende a aumentar em crescimento exponencial e sem uma peneiragem (de peneira) com as bitolas cada vez mais apertadas, vai haver uma enorme "implosão" de dados. Sergio Pohlmann

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    1. Ol@ Sérgio...
      Exatamente por isso que entrou em cena a necessidade de um profissional com tais características.
      O antigo editor presente nas redações de jornais e revistas teve que ser reinventado para um meio onde a fluidez informacional chega de todos os lados.
      Novos tempos e novos desafios, de fato
      Abs

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  8. Olá, Eliana!
    Li seu texto ainda ontem, e gostei bastante. Material muito enriquecedor, de leitura fácil e coerente, aprendi muito. Para mim, servirá de referência para estudo. Parabéns e muito obrigado.
    Abs.

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    1. Ol@ Pedro...
      Que bom!
      Meu objetivo era mostrar sobre essa nova categoria de profissionais que vem surgindo a partir da ampla gama de informação que nosso mundo produz. Queria esclarecer o equivoco que em geral bibliotecarios, jornalistas cometem de que acham que editar e compartilhar informações é curadoria.
      Além de tudo, estou escrevendo para um público que em geral está sempre com pressas e lê sempre em diagonal. Conseguir a atenção e fixá-los nisso foi meu desafio.
      Fico feliz de poder estar ajudando e por favor, sugira coisas caso acho pertinente.
      Abs e obrigada por vir me visitar aqui no Pensados a Tinta. Volte sempre!

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  9. Eliana,
    Uma grata surpresa me deparar com seu excelente texto. Informativo, esclarecedor, completo. Valeu a pena. Parabéns!

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    1. Ol@ rosandv...
      Obrigada pelas palavras de incentivo!
      Como venho dizendo, esse post e alguns outros que estão por aqui tem todo um cuidado em sua elaboração. Gosto de pensar que estou oferecendo o melhor possivel dentro do tema e numa configuração de post. Ser abrangente e claro ao mesmo tempo é o mais dificil. Afinal num post temos certos limites.
      A interlocução com vcs é fundamental para que os temas consigam ser estendidos e aprofundados. Por isso, ocnto que continuem a vir, ler e debater comigo, ok?
      Super abraço

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  10. Olá, Eliana!
    Nada como ler um texto profundo sobre Curadoria de conteúdo.
    Agradeço por ter investido seu tempo para nos entregar informações tão interessantes.
    Adorei!

    Infelizmente, percebo que esse trabalho de curador é muito raro hoje. As pessoas só se preocupam em replicar.
    Até parece que a preguiça reina na maior parte dos profissionais de comunicação.
    Gostaria que todos pudessem ler este texto!

    Um abraço

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    1. Olá Eliane...
      Muito grat@.
      Quando decidi escrever este post tive que procurar sistematizar toda a informação que tinha e cruzá-la com a minha experiência para que pudesse alcançar todos.
      Infelizmente vejo uma tendência muito forte na área de comunicação que é a pressa exacerbada. Em geral, a pressa em publicar algo acaba atropelando principios que antes eram caros e que significavam entre outras coisas pesquisa.
      Por isso no post cito o outro texto que escrevi sobre "Consumidores ou Coletores de Informação?". Nele traço esse perfil cada vez mais comum de profissionais nos meios comunicacionais.
      Espero sinceramente que o maior número possivel de profissionais leiam esse post.
      Então aproveito e te convido a tbm divulgar entre aqueles que precisam e devem le-lo. Agradeceria muitissimo a colaboração.
      Abs e obrigada

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  11. Eliana, voce simplesmente desvendou o que é para que serve e quem faz curadoria, não importando o suporte. Muito bom mesmo. Parabéns!!!

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    1. Ol@ Beto...
      Que bom que achou que está claro.
      Agora é fazermos com que o maior numero possivel de pessoas leiam sobre isso e definitivamente entendam que papel ocupam nessa piramide chamada Conteúdos na web.
      Abs e volte sempre

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  12. Eliana, como eu disse anteriormente, muito didático e esclarecedor seu post. De agora em diante, ficarei mais atenta para perceber se determinados conteúdos sobre qualquer tema, são apenas INFORMES ou se são verdadeiras INFORMAÇÕES. Obrigada.

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    1. Ol@ Miriam...
      Que bom que o artigo ajudou-te a tomar uma atitude de consciência. Isso é muito importante.
      É óbvio que as pessoas não precisam agir todas da mesma maneira nas redes. Mas é preciso encontrar qual é o seu espaço e se escolher uma determinada atividade profissional desempenhá-la da melhor maneira possível.
      O artigo foi escrito exatamente por eu perceber que as pessoas confundem muito conceitos que são muito diferentes.
      Abs e agora e divulgar entre os que trabalham com mídia

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  13. Eliana,

    Só agora consegui ler seu post. Achei muito importante esta questão da curadoria,pois já havia refletido sobre o assunto e a forma como nos foi mostrado elucidou muitas dúvidas.

    Parabéns!!!

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    1. Ol@ Fernando...
      Um erro muito comum é o de considerar que compartilhamento seja curadoria.
      Busquei mostrar que não e ao mesmo tempo dar um norte para diferentes áreas.
      Que bom que foi de proveito para vc!
      Abs

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  14. Muito obrigada pelos excelentes posts. Seus textos são esclarecedores e nos motivam a buscar formação contínua. Abraços

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    Respostas
    1. Ol@ Silvana...
      Acho que tenho cá um "ranço" do bom, que é o de ser tbm docente.
      Quero que as pessoas de fato tirem proveito do que escrevo. Não gosto de pensar que meu blog seja algo descartável. Desejo que fique como um local onde as pessoas podem sempre buscar como referência...
      Super abraço!

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    2. E como te "referencio"? Estou citando trechos deste post em um trabalho meu sobre curadoria digital voltada para o usuário da informação...

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  15. Olá Eliana.
    Sou o Aloisio, do LinkedIn.
    Muito bom esse artigo, meu perfil ficou entre Produtor/Comentarista.
    Como sempre, você traz coisas interessantes que vale a pena compartilhar.
    Parabéns!
    Aproveito para te informar que estarei colocando o seu blog na lista de links do meu blog.
    Abraço

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    1. Ol@ Aloísio...
      Muito grata por suas palavras e tbm pela divulgação.
      Como disse acima: quero muito poder ajudar o maior número possivel de profissionais em áreas que atuo e que pelo tempo e vivência podem ajudar.
      Abs e continue a participar!

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  16. Olá Eliana, gostei muito do texto. Venho fazendo um blog chamado Binóculo Cultural e sinto que muitas das características que você descreveu fazem parte desse trabalho cotidianamente. Parabéns! Obrigada.

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    1. Ol@ Ana Paula...
      O papel do curador de conteúdos é mesmo complexo e multifacetado. Creio a sua maior e melhor qualidade está em não apenas divulgar informações, mas agregar valor a elas.
      Aí que acho que a maioria das pessoas acaba sendo excluída, pois agregar e produzir valor sobre informações exige um trabalho ainda maior.
      Fico muito feliz de poder contribuir!
      Abs

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  17. Boa noite, Eliana!
    Seu artigo, é bem esclarecedor e energizante. Acrescentou muito, na minha trajetória.
    Parabéns!

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    1. Ol@ Olavo...
      Não sabes como é bom e igualmente incentivador ouvir isso de vc!
      Escrevemos com o objetivo de atingir as pessoas e quando elas nos dizem que conseguimos é um prêmio!
      Obrigada e volte sempre!
      Abs

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  18. Olá Eliana, magnífico, ajudou muito. Identifiquei-me como comentarista.
    Já vi que para chegar a curadora tenho muito caminho para frente.
    Vamos ver. Seguirei tuas instruções.
    Obrigada por compartilhar conhecimento.
    Abraços, Icla

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  19. Ol@ Ilca...
    Em geral as pessoas se colocam como comentaristas ou compartilhadores.
    O fundamental é encontrarmos nosso espaço e desempenhar dentro dele o melhor que for possível.
    A minha escrita do post foi exatamente tentar esclarecer às pessoas que compartilhar meramente ou até obsessivamente não significa curadoria. Este trabalho é muito mais complexo e exige muito do profissional.
    Além disso, cada vez mais em um mundo com tanta infoxicação seu papel é fundamental.
    Abs e continue sim a participar e comentar

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  20. Olá, Eliana Rezende!
    Que rico está sendo pra mim, navegar em seus trabalhos teóricos. Sinto-me privilegiada em "encontrar" conteúdo de tão grande valia nesse tempo em que a globalização nos obriga a sermos tão dinâmicos no campo do conhecimento. Eu não conhecia tal ferramenta estratégica de informação que você apresenta tão clara e sucintamente aqui. E, confesso que vou aprofundar-me nela para um projeto pessoal que tenho em mente! Muito obrigada pela sua colaboração essencial para recém formados como eu na trilha da consolidação da profissão.

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    1. Ol@ Cristiana...
      Fico muito feliz que possa estar sendo útil.
      Estou à disposição no que precisar.
      Abs e sucesso!

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  21. Se Keen é avesso à produção de informação por internautas, eu sou avesso ao monopólio de produção de informação por jornalistas, pseudo-curadores semi-impostos aos leitores,que apenas podem escolher entre os jornais existentes.

    É verdade que a rede se tornou um repositório de absurdos, com qualquer anencéfalo podendo externar seus ódios e preconceitos, mas também permite a existência do "Pensado a tinta".

    Estamos no início do processo e imagino que a sociedade aprenderá a separar o joio do trigo, as pessoas aprenderão as virtudes da moderação e da veracidade (afinal familiares, amigos, chefes, colegas e recrutadores também acessam a rede...) e haverá uma depuração.

    De resto o artigo, que não li inteiro (esse assunto me interessa pouco) pareceu extremamente bem escrito. Acabei de ler outro post seu muito bom. Está de parabens.

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